Saudações aos leitores da Black Force Metal Zine. apresento lhes hoje uma entrevista feita com o grande "F.A.C.O" que toma conta da guitarra e da voz da grande banda "Necrobiotic".
B.F.M.Z-Então F.A.C.O, como foi que você entrou na banda?, de onde veio toda essa insnaidade sonora, apresentada em todas as músicas, trazendo um som extremo bem brutal?
F.A.C.O-Em 96 minha banda à época, Inféros, estava acabando, por sua vez o Necrobiotic estava há alguns meses sem ensaiar.
Me encontrei com o J.Hell na frente do antigo colégio onde ele estudava, conversamos sobre fazer um som juntos e imediatamente saímos de lá e fomos ao colégio onde o Micose estudava na época. No final do segundo encontro, na mesma noite, já tinhamos um ensaio marcado, foi assim que entrei na banda pela primeira vez.
A musicalidade do Necro é o que nós somos, o que gostamos de expressar.
B.F.M.Z-Sabemos todos que o proposito do Necrobiotic, seria executar uma pegada de Death Metal bem bruta né verdade? então me diz como surgiu isso, quais bandas vocês viram e quizerão fazer um som parecido?
F.A.C.O-O Necrobiotic é uma banda de Death Metal bastante atenta ao seu tempo. A banda foi fundada em 94 e nós pertencemos aquela época, por mais influências diferentes que possamos ter, nossa principal influência sempre será o Death Metal dos anos 90.
Eu diria que o Carcass é a banda mais relevante na sonoridade da banda, muito embora eu pudesse citar uma infinidade de outras bandas que nos influenciam.
B.F.M.Z-Todos também sabemos que todas as artes das capas dos lançamentos do Necrobiotic, foram muito bem elaboradas, e seus títulos também com toda certeza, então gostaria que me desse a resposta de como foi trabalhado a arte e título de cada lançamento, todos trabalharão juntos ou você mesmo ou então graficas fizeram o trabalho por vocês?
F.A.C.O-Exceção feita a demo-tape, que o Micose fez ele mesmo, contando com uma máquina de xerox problemática, o que nos levou aquela capa verde e Splater pra caralho, sempre trabalhamos com algum artista.
No Alive and Rotting trabalhamos com o Pablo Rodrigues, que transformou uma foto de dois fetos na primeira versao da capa do Alive and Rotting (a segunda também é de autoria dele). O título do Alive and Rotting faz uma alusao ao periodo que a banda não lançou nada, foram 14 anos. Entao queriamos deixar claro que estávamos vivos e que continuávamos apodrecendo....
No Death Metal Machine trabalhamos com o Thulio Vasconcelos. O trem da capa é uma alusão a um “Trem de Guerra” da Rússia utilizado na segunda guerra mundial. O Thulio captou muito bem a ideìa e nos brindou com aquele trem saindo do inferno. O título Death Metal Machine, além da música, que já existia há mais tempo, veio de maneira a condensar a ideia principal do álbum, que é mostrar como o Death Metal pode ser visto por tao diversos ângulos.
B.F.M.Z-Sabem se também que após o lançamento do "Death Metal Machine" vocês deram inicio em uma Tour que foi ela chamada de "Necro on the Road Tour" quando e por que tiveram essa grande ideia de sair espalhando o seu mais crú e brutal Death Metal por varias partes do mundo?
F.A.C.O-Na verdade nós só tocamos em dois países diferentes, aqui no Brasil e no Chile. Aproximadamente 30 shows, a maioria em 2015.
Fizemos isso porque é do caralho viajar, encontrar os amigos do underground, fazer novos amigos, encher a cara....e fazer tudo isso podendo tocar sua música é melhor ainda. Na verdade é o que faz valer a pena.
Não temos intenções diferentes do que viver o underground que ajudamos a construir, é isso que nós somos.
B.F.M.Z-Agradeço vossa paciência a responder essa entrevista, agora me diz o que achou da entrevista e me fala um pouco mais sobre o próximo lançamento do Necrobotic.
F.A.C.O-Nosso próximo álbum já tem nome “The Extinction of Faith”, é um álbum temático, que contará uma história, uma ficção, narrando uma guerra civil entre os que tem fé e os que não tem. O final da história você jà pode imaginar pelo título do álbum, mas te garanto que os detalhes são muito mais sórdidos, odiosos e ensanguentados que você poderia imaginar. É literalmente uma apologia á intolerância aos religiosos e ás religioes.
Muito embora no nosso país essa guerra não chegue ao sangue com frequência, é uma guerra que travamos diariamente, contra a estupidez, a burriçe, a imundice de um crente, crente de qualquer religião, não se atenha ao cristianismo.
Do ponto de vista musical, depois de expandir os horizontes no Death Metal Machine, entendemos que a abordagem desse álbum deveria ser mais direta, mais crua, mais brutal, uma espécie de volta ás nossas raízes, muito embora não pretendemos desaprender o pouco de sabemos sobre nossos instrumentos. De certa maneira estamos cumprimentando o Grindcore.
Ja temos 8 mùsicas prontas para o disco, teremos também uma regravação do Alive and Rotting, “Shame”.
Falta pouco para terminarmos as composições. Pretendemos gravar já no segundo semestre e lançar no fim do ano. Dessa vez esperamos que possamos ter uma versão do álbum tambèm em LP.
E como não valemos nada, no final do ano já queremos é estar de tour nova, desandando país afora, de preferência começando pelo Nordeste. Quem sabe dessa vez num rola uns shows em lugares mais longinquos ainda...
Parabéns pela entrevista, esta excelente, e nos vemos na estrada!
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